Esta página é reflexo do meu preparo enquanto me graduo.

Documento posicionamentos pessoais e informações relevantes para apresentar o serviço de psicoterapia no futuro, quando me graduar.

Ressalto que a prática da psicoterapia não é prática privativa ou exclusiva de psicólogos, conforme a declaração categórica do CFP no lançamento da resolução 13/2022 sobre a prática da psicoterapia por psicólogos. A prática da psicoterapia, portanto, na legislação, pode ser exercida livremente por psicoterapeutas e terapeutas tanto como por psicólogos, mas não me intitulo terapeuta, ou psicoterapeuta, ou psicólogo, e nem presto o serviço de psicoterapia.

Sinta-se à vontade para falar comigo nos botões de WhatsApp, só quero deixar claro que ainda não atendo.

A linguagem em alguns textos, e verbos no presente, como: “utilizo”, “faço”, “penso”, “entendo”, “contrate-me”; podem levar à interpretação de que no presente exerço a função, mas coloco esta tarja para esclarecer este ponto também. Estes textos são construídos de forma a apresentar uma página em versão final, justamente para que esteja pronta quando me graduar, além disso representam minha posição atual frente aos assuntos, porque também há uma função documental para mim escrever sobre minha trajetória e mudanças de ideias ao longo do tempo.

Ressentimento

Ressentimento

Ressentimento

Significa não perdoar, não posicionar-se e culpar o outro pelo próprio sofrimento. O ressentido dá ao outro o poder de decidir por ele, para que, caso a escolha resulte em fracasso, estará inocentado da culpa. A culpa está associada ao sofrimento em sua mente, e por extensão, o ressentido busca no âmago fugir do sofrimento psíquico.

O ressentido não confia em si, que serve de amparo ou apoio para si mesmo. Depende então, de modo infantil, de outro, que julga competente e capaz. Ao mesmo tempo, esse outro, sua figura de autoridade, também é alocada uma expectativa de que deve reconhecer o ressentido em suas muitas qualidade e sucessos. Porém, tais qualidades e sucessos são apenas criações imaginadas pelo ressentido. Este, jamais age, mas recusa-se a aceitar sua imaturidade e não formação de caráter, prefere tentar construir uma narrativa que funcione como um atalho.

Sua narrativa atalho é a seguinte: sou virtuoso, uma pessoa feita, só não sou reconhecido pelos outros. Tenho méritos, só nunca tive uma chance de materializá-los. O outro serve para validar os narcisismo do ressentido. Além disso, quando não reconhecido, o ressentido interpreta essa falta, como prejuízo. Para ele é prejuízo, pois ele sente que deveria ter ocorrido o momento de sua glória e validação, ainda que não tenha de fato méritos concretos.

O ressentido, por definição, recusa-se a sentir apenas uma vez. Sente de novo e de novo, re-sente. Sua memória é vasta, e ativamente busca detalhar seu sofrimento, vitimíssimo e miséria. Todo o seu sofrimento precisa ser validado, pois sua identidade depende disso. A vítima inocente e injustiçada. Sem alguém que o veja, seu mecanismo falha. Na solidão, o ressentido é obrigado a se confrontar, e confiar nas próprias pernas.

No deserto a criança prodígio não tem que elogie seus talentos, nem ouvintes atentos. Quando a criança percebe a real solidão, o peso do ressentimento, ela terá a chance de se libertar. De se posicionar, criar e cumprir seus valores, aceitar suas escolhas e os riscos, e, com esperança, perdoar quem julgou ofensor ou opressor.

Assuma tua fraqueza e vulnerabilidade. Perdoe, siga em frente.

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