Como as pessoas mudam?
"A mudança é a arte dos visionários." - Arthur S. Lima
Clareza
Visualizar os frutos atuais, os prejuízos para a própria vida. Perceber o nexo causal dos próprios comportamentos com os resultados obtidos na vida. Além de ver com clareza os efeitos de continuar a ser como somos, em nós e nas pessoas ao nosso redor, é preciso ver opções alternativas para selecionarmos como mudarmos a partir de onde estamos.
Motivação
Nesse ponto, é importante visualizarmos o que queremos também, e porque. Esse aprofundamento é importante, pois quando tomamos uma decisão, precisaremos retornar ao nosso motivo original para agir, nossa motivação profunda.
Nesse momento, é importante determinar o que desejamos sentir na nossa vida futura. O que queremos de modo concreto também é uma reflexão importante. Por fim, é muito proveitoso refletir sobre nossos valores pessoais, e como exercitamos tais valores em atos cotidianos e atitudes práticas e realistas.
Antecipação de resistências
A razão pelo qual não deixaremos mais pensamentos espontâneos terem sequer espaço em nossa mente é porque já analisamos o caso, neste momento de reflexão profunda.
A decisão já estará tomada, e por um motivo importante. Ainda que venham objeções mentais, elas são insuficientes para parar a ação necessária para a mudança em curso.
A única chance de pensamentos automáticos é caso denunciem modos melhores e detalhes relevante do processo de execução das tarefas, não ficará aberta possibilidade de negociação do ato ser feito ou não.
Ao realizar as ações necessárias, e os pensamentos de resistência vierem, é melhor nem deixar que fluam. Não pensar é a melhor opção, não porque ignoramos emoções, pensamentos, etc, mas porque já sabemos que qualquer argumentação não justifica não realizar a mudança. Sabemos os frutos amargos de não mudar, sabemos também qual opção escolhemos, o que queremos da vida e que esse ato é um exercício de um valor pessoal.
Autoaceitação
Precisamos aceitar nossa circunstância atual, sem cair na armadilha da autopunição e vergonha. É somente após reconhecer nossa realidade total e potencial de ação, responsabilidade pessoal, que nos tornamos aptos à mudar.
Esperança
Ao olhar opções novas diante de nós, precisamos olhar para uma delas com confiança verdadeira de que ela faz sentido, tanto no seu processo, quanto no seu princípio, quanto na sua promessa de resultado. Buscamos opções razoáveis, profundamente realistas, apoiada pela experiência empírica de pessoas confiáveis e que colhem os frutos subjetivos e objetivos que buscamos para nossa vida.
Decisão
A decisão definitiva de mudança, na qual a disciplina se torna uma clara aliada, pois o entendimento é completo. A narrativa anterior, mesmo incompleta, deve ser abandonada. É preciso desapegar e desistir da justiça da descrição do passado, o foco deve ser na solução eficaz da situação atual que gera os frutos amargos.
Foco no presente
Ao invés de focar nos acontecimentos para confirmar o rótulo que já demos no passado, buscamos olhar para o que é hoje, e se gostamos ou não do que acontece. Não buscamos confirmar nossas crenças, mas atualizar em tempo presente o que está acontecendo hoje e se gostamos ou não desses eventos e sensações.
Flexibilidade
Além da paciência com o processo, precisamos de flexibilidade e misericórdia com nós mesmos para perseverar no processo comprometido com a mudança. Estamos em busca do que é melhor, eficaz e eficiente. Buscamos conhecimentos, habilidades e principalmente atitudes novas. Passamos a avaliar melhor as alternativas para selecionar algo sustentável e que é dirigido para uma vida equilibrada dinamicamente.
O sucesso é conquistado no desequilíbrio. É preciso sacrificar o equilíbrio para alcançar um equilíbrio melhor.