Esta página é reflexo do meu preparo enquanto me graduo.

Documento posicionamentos pessoais e informações relevantes para apresentar o serviço de psicoterapia no futuro, quando me graduar.

Ressalto que a prática da psicoterapia não é prática privativa ou exclusiva de psicólogos, conforme a declaração categórica do CFP no lançamento da resolução 13/2022 sobre a prática da psicoterapia por psicólogos. A prática da psicoterapia, portanto, na legislação, pode ser exercida livremente por psicoterapeutas e terapeutas tanto como por psicólogos, mas não me intitulo terapeuta, ou psicoterapeuta, ou psicólogo, e nem presto o serviço de psicoterapia.

Sinta-se à vontade para falar comigo nos botões de WhatsApp, só quero deixar claro que ainda não atendo.

A linguagem em alguns textos, e verbos no presente, como: “utilizo”, “faço”, “penso”, “entendo”, “contrate-me”; podem levar à interpretação de que no presente exerço a função, mas coloco esta tarja para esclarecer este ponto também. Estes textos são construídos de forma a apresentar uma página em versão final, justamente para que esteja pronta quando me graduar, além disso representam minha posição atual frente aos assuntos, porque também há uma função documental para mim escrever sobre minha trajetória e mudanças de ideias ao longo do tempo.

Consciência

Sobre se tornar sua melhor versão

Ressentimento

Ressentimento

Ressentimento Significa não perdoar, não posicionar-se e culpar o outro pelo próprio sofrimento. O ressentido dá ao outro o poder de decidir por ele, para que, caso a escolha resulte em fracasso, estará inocentado da culpa. A culpa está associada ao sofrimento em sua mente, e por extensão, o ressentido busca no âmago fugir do sofrimento psíquico. O ressentido não confia em si, que serve de amparo ou apoio para si mesmo. Depende então, de modo infantil, de outro, que julga competente e capaz. Ao mesmo tempo, esse outro, sua figura de autoridade, também é alocada uma expectativa de que deve reconhecer o ressentido em suas muitas qualidade e sucessos. Porém, tais qualidades e sucessos são apenas criações imaginadas pelo ressentido. Este, jamais age, mas recusa-se a aceitar sua imaturidade e não formação de caráter, prefere tentar construir uma narrativa que funcione como um atalho. Sua narrativa atalho é a seguinte: sou virtuoso, uma pessoa feita, só não sou reconhecido pelos outros. Tenho méritos, só nunca tive uma chance de materializá-los. O outro serve para validar os narcisismo do ressentido. Além disso, quando não reconhecido, o ressentido interpreta essa falta, como prejuízo. Para ele é prejuízo, pois ele sente que deveria ter ocorrido o momento de sua glória e validação, ainda que não tenha de fato méritos concretos. O ressentido, por definição, recusa-se a sentir apenas uma vez. Sente de novo e de novo, re-sente. Sua memória é vasta, e ativamente busca detalhar seu sofrimento, vitimíssimo e miséria. Todo o seu sofrimento precisa ser validado, pois sua identidade depende disso. A vítima inocente e injustiçada. Sem alguém que o veja, seu mecanismo falha. Na solidão, o ressentido é obrigado a se confrontar, e confiar nas próprias pernas. No deserto a criança prodígio não tem que elogie seus talentos, nem ouvintes atentos. Quando a criança percebe a real solidão, o peso do ressentimento, ela terá a chance de se libertar. De se posicionar, criar e cumprir seus valores, aceitar suas escolhas e os riscos, e, com esperança, perdoar quem julgou ofensor ou opressor. Assuma tua fraqueza e vulnerabilidade. Perdoe, siga em frente.

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Passivo Agressivo

Passivo Agressivo

Passivo Agressivo Quando a experiência dói, só há duas vias: Amadurecer ou se posicionar. Na primeira, é um fato da vida e precisamos aceitá-lo e seguir em frente, amadurecer e crescer. Na segunda, é um tirano que te abusa. Esse tirano precisa do seu apoio para reinar, você o apoia com seu silêncio. Literalmente, calando-se, você consente. A passividade é um crime quando se está diante de um exercício de tirania, seja de alguém, seja de algo. Se a covardia parece ser mais fácil no início, não se engane. O problema evitado não some, ele cresce e se multiplica. Um policial veterano ao se aposentar disse a lição mais valiosa de sua carreira como solucionador de problemas domésticos assim: Nunca é sobre a jarra de biscoitos! Quando alguém joga uma jarra de biscoitos na parede é porque a covardia anterior veio cobrar seu verdadeiro preço. Quando não nos posicionamos, e nem optamos por amadurecer a nós mesmos, abrimos as portas pro ressentimento. A sensação de impotência, se torna frustração e esta em raiva. Raiva que não pode ser expressa, invade o seu próprio interior. Passa a controlar-te… A agressividade covarde é o sinal da ausência de coragem para se posicionar frente ao tirano, e frente à si mesmo. E ela adoece você, seus relacionamentos e sua vida. O ressentimento transborda quando reclama, quando crias esquemas e manipulas. Não opte por isso. Vá sempre em direção ao posicionamento, seja frente à tirania que enfrenta, seja à si mesmo em busca de crescimento pessoal. As vezes é você que precisa abandonar infantilidade e vitimismo, mesmo quando o que sofreu foi injusto. Especialmente se foi. Os heróis são vítimas que ousaram transformar-se ao invés de justamente rebelar-se. Suas rebeliões foram muito mais profundas, suas mensagens de fato mudaram a injustiça. O herói se posiciona frente a si mesmo, e então frente ao mundo, seja este injusto ou indiferente. Ao invés de adoecer com o comportamento passivo-agressivo, opte pelo posicionamento assertivo. Diga! Qual é o seu problema?

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Manipulação

Manipulação

Manipulação O quanto precisamos sofrer ou refletir para desistir da prepotência para acreditar que somos capazes de manipular a realidade? Tem ficado cada vez mais claro para mim que reprimir desconfortos psíquicos, manter indecisão frente à vida, perfeccionismo ou qualquer tipo de fuga do enfrentamento direto, é, literalmente, o freio do amadurecer e da felicidade. A verdade é necessária para aprendermos a ser leais em relação à nós mesmos. Somente assim sendo, conquistaremos o sentimento de dignidade pessoal, o sentir-se digno de amor. Um fundamento da autoestima é o sentir, como você se sente em relação a si? O outro é o fazer, o que você faz e que efeitos isso tem sobre você? Ambos serão necessários. A decisão de acreditar na verdade é o que lhe dará coragem. Ser quem és, ciente do impacto dessa decisão, permite que vença a timidez, a dependência da validação externa e o medo. De fato, ser verdadeiro e convicto no próprio valor vai afastar pessoas, vai aumentar o orgulho. Te chamarão de arrogante e orgulhoso, e se afastarão. Mas vai te autorizar a ser quem é sem medo ou necessidade de aprovação. É o preço que decidiu pagar. A partir dessa convicção, poderá fazer o que manda o teu talento. Sentir e fazer, juntos, revelarão teu caminho. Abandone qualquer subterfúgio, todo esquema e mentira. Evita a omissão e a manipulação. Ser leal, verdadeiro e transparente significa tornar-se imã para tua lenda pessoal. Ativar seu protagonismo! Não ao ressentimento, à distração, às desculpas esfarrapadas, à indecisão e ao apego às ilusões. Se posicione, fale, aponte, questione, defenda. Seja assertivo. O manipulador é o mais iludido. Se ilude achando que conduz o show, enquanto a vida passa. Supere o cinismo, supere a insegurança pessoal. Quem manipula, mente pra si mesmo, bloqueia amadurecimento. Assuma humildade. Quem simplesmente é e se reconhece sendo, não será humilhado. Pois humildade é simplesmente verdade, nem mais, nem menos. É sobriedade.

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Inflexibilidade e ira

Raiva interna

Raiva Interna Como a agressividade e raiva do perfeccionista são manifestadas. Entenda o que é a raiva, a ira e a revolta e desarme-as em sua vida. Este texto é de uma série de investigações a respeito de perfeccionismo. Ainda assim, trata de condições universais humanas. O convite da presente reflexão é aprofundar o entendimento do estado interno que o perfeccionista convive diariamente, identificar a origem dessa experiência subjetiva e sugerir reflexões úteis a respeito da solução de problemas derivados desse estado subjetivo. Punho de ferro O Significado da Ira Intransigência com a realidade como ela é. O controle negado é o motivo principal da raiva. Arrependimento raivoso por não ter sido capaz de controlar uma situação no passado e não ter a capacidade de se controlar no presente em uma situação frustrante são exemplos de infantilidade. A ira significa a violação de uma expectativa particularmente importante para uma pessoa. Não só isso, mas também a incapacidade de ser flexível e conciliar informações relevantes para as situações. Em outras palavras, ter certas dissonâncias cognitivas também contribui para uma explosão emocional. Uma pessoa irada é uma pessoa otimista se decepcionando. Ela depositou muita esperança em sua expectativa, seu modelo de mundo. E quando colide com a realidade, a expectativa se prova falsa, a esperança se torna frustração e decepção. Um perfeccionista é um revoltado covarde até se tornar um tirano opressor. Começa com frustrações que ao invés de incitar aprendizado, mudança, flexibilidade e adaptabilidade promovem a insistência imatura. O perfeccionista deseja tão profundamente a simplicidade, o controle administrável da vida, que preferirá antes negar a realidade e sua complexidade do que aprender com sua experiência. Por que aprender algo complexo se posso me sentir seguro com meu mapa imaginário de como o mundo deveria funcionar? O perfeccionista aprende devagar com a vida, seu apego é grande demais à sua imaginação, aos seus ideias e à ambições irracionais. Ao invés de aprender, ele escolhe a revolta. A vida afirma: É assim. Mas não deveria ser assim! Note o ‘!’ e o ‘deveria’. Entenda, porém, que a condição do perfeccionista não o paralisa totalmente. São pessoas, afinal, e portanto, complexas. Quando vão se sofisticando, os que são perfeccionistas não continuam explodindo a todo momento, mas internalizam sua raiva e frustração. Não são meros soldados na linha de frente, que investem contra o inimigo diretamente. Os perfeccionistas elaboram esquemas mais complexos. Ele se ressente com mundo e com a realidade, e condena aqueles à sua volta e suas tolas esperanças. Ele sabe melhor, sabe o que é que todos deveriam mirar: A perfeição. Mas ele não participa da realidade, ele vive em um mundo paralelo, personalizado e egocentrado. Daí, um covarde revoltado. Se revolta, mas em silêncio. Não participa da vida coletiva. Mas não se engane, quando terminam de se encher de frustração e ódio, ainda crianças emocionais que não aprenderam a aprender, insistem em se ressentir, vão à luta no mundo. E são implacáveis! O plano final, de reforma da realidade, é a última colisão entre o sonho imaturo e a dura realidade, e não é só o perfeccionista que sofrerá consequências terríveis. Se sente que seus olhos estão cheios de ódio e frustração, reflita: O que insiste em não aprender? Qual o seu problema? Talvez seja a hora de ao invés de ressentir, simplesmente aprender a dinâmica do mundo e a influência de contextos para os resultados que experimentou em sua vida. Fundamentalismo O perfeito pode ser mais perfeito? Claro que não, isso viola o conceito! É por isso que a perfeição abre portas para o fundamentalismo, isto é, a crença que uma verdade é absoluta além do questionamento. Os que acreditam nessa verdade absoluta, são chamadas de perfeccionistas. Mas isso não significa que não se pode questionar a perfeição, dizem os fiéis seguidores. Todos podem questionar a perfeição, mas para entendê-la, não para mudá-la. As supostas contradições são apenas falha de entendimento, não da falha da perfeição. -Se perfeita tal ideia, não seria ela clara e eloquente? -Mas somos imperfeitos para compreender. -Dessa forma podemos concluir que, talvez, em nossa imperfeição, estamos optando por crer em algo que pode ser falso, ser imperfeito? Que nós mesmos criamos imperfeitamente? Que insistimos em acreditar e tentar seguir imperfeitamente? Seria razoável presumir que criamos ou cremos nessa tal ideia imperfeitamente, e que, talvez, seria mais sensato avaliar o contraste entre a experiência e a hipótese? Será que podemos de fato honrar o projeto perfeito? -Está sugerindo que abdique da minha fé?! Note o ‘!’ -De modo algum, confio no ensaísta do século XVI Michel Montaigne a respeito de fé: “A fé não necessita de defesa racional, ou de argumentos a seu favor, por ser uma experiência do indivíduo, e é nisso que se apoia. “; O que sugiro em verdade é que revise e amadureça as leis que te governam, pois se te adoecem e te isolam, se trazem efeito devastador para tua vida, vale a pena de fato obedecê-las como as obedece? Me pergunto, amigo perfeccionista, porque vale a pena o seu projeto? Porque vale a pena investir a sua energia nesse projeto, dessa forma, com essa intensidade de diligência? -Ainda que custe caro no início e no presente, o fim justificará o sacrifício. -Delicado quanto posso ser, afirmo-te, como Sófocles antes de mim: ‘Nada devia ser jurado pelos homens, pois basta refletir para notar que a ideia é enganadora.’ O futuro é sempre incerto, por mais diligente e completo que seja o plano. Não invalido a responsabilidade, e acredito eu mesmo que devemos viver agora como se fossemos viver para sempre, mas cientes de que tudo está por um fio. Pensas que seria sensato sacrificar sua saúde e felicidade, rendendo-se à paralisia do medo, à tortura da ansiedade, ao massacre dos teus próprios limites, por uma ideia distante e incompreensível pelos imperfeitos seres que somos? -Não é fácil desapegar da forma que sempre fui, mas diante disso, confesso que estou reflexivo. Onde posso aprofundar-me na questão e curar-me de algo que parece

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Autocrítica e autopunição-min

Autopunição

Autopunição injusta e cruel Autopunição Autopunição é um tema universal, mas meu foco é vencer o perfeccionismo. Observe bem esta imagem. É uma sombra originada pelo próprio indivíduo, e o ameaça tão profundamente, que até o seu corpo se retrai. Ela assumiu o controle, não é um mero pensamento. Viver sob sua constante ameaça é sofrimento puro, não só pela ansiedade e o medo, mas há ainda mais violência: vergonha, desprezo e invalidação. O sofrimento de quem convive com esse torturador interno não é originado apenas pelas circunstâncias que vive, mas especialmente pela configuração da sua mente, suas crenças e seus hábitos internos pessoais. Veja, a forma que organizamos nossa vida subjetiva, ou foi organizada em nós, impacta profundamente como processamos as experiências novas, que pensamentos nos vem à mente espontaneamente e, principalmente, o que sentimos diante deles. O perfeccionista tem um hábito fortíssimo de se punir. Sofrendo chicotadas autoinfligidas à cada “erro” que comete, ou melhor, cada tentativa, rapidinho o número de tentativas cai à zero, ele não é besta pra fazer o que faz ele apanhar. A ansiedade sentida frente às situações novas alimenta e habitua o medo. Não só pelo efetivo julgamento externo, mas especialmente pelos efeitos potencializados dessas impressões nas mãos da sombra tirânica. Ela distorce o que cada informação nova significa para reforçar a própria narrativa: de que o esforço, se não for eficaz, eficiente e ‘perfeito’, é lastimável… O medo buscará escapar da dor, lançando um feitiço poderoso sobre o corpo e sobre a mente, e, além disso sugestões mentais, ou os pensamentos automáticos: ‘Não é uma boa ideia’, ‘Vou me preparar melhor antes de começar’, ‘Preciso daquilo para me sentir seguro para começar’, ‘Que diferença faz se não for excelente?’… Eis o diagnóstico amigo perfeccionista: O tirano potencializa a dor com suas distorções; A ansiedade é resposta natural após o cálculo intuitivo sobre o risco e o benefício das situações, e sendo a relação desfavorável, avisa o medo; O medo faz a sua mágica no corpo, quimicamente, e na mente, lançando sugestões medrosas, os pensamentos que você tem espontaneamente. O resultado: Muita ansiedade, muito medo, nenhuma ação. Mas não é só isso, a sombra não brinca em serviço. Ela serve para te proteger, afinal. Ela desenvolve tecnologias para ser mais eficiente em sua tarefa: distorções e vieses de atenção, desqualificação de elogios, e é claro, tortura psíquica. Se a punição for forte o bastante, você estará seguro… Seguro e sofrendo. Conhece alguém assim? Injustiça A autopunição é injusta, simples assim. Ou você acha que a mente humana é letrada sobre virtudes e noções do que é justo? A verdade é que a mente humana é parte de um organismo, que de uma forma é complexo, mas de outra, é burramente simples. Um fato pra você: Os estímulos negativos tem um poder de marcar sua experiência subjetiva cerca de cinco vezes mais forte que os estímulos positivos. Isso, porque funciona, simples assim. Evolutivamente esse aspecto é favorável para a sobrevivência. Entenda, a tendência biológica é notadamente pragmática, o que se usa e é útil é fortalecido, o que é inútil, atrofia. Se um pensamento, por mais injusto que seja, o convence e cumpre a função que ele tinha, o registro biológico é: funciona, então repete quando precisar cumprir essa mesma função de novo. Sabendo disso, você está diante do caminho da solução desse grave problema da autopunição. Você precisa utilizar a consciência, a parte de você que recebe os pensamentos automáticos, e gerar o seu próprio voto. O medo envia o pensamento dele, você o seu. O campo de consciência, será o campo de batalha. Responda aos seus pensamentos automáticos de forma tão pragmática quanto a lei biológica. É real? É válido? É razoável? É justo? De onde vem esse pensamento? Ser refém de nossas circunstâncias e da nossa biologia é um plano meio arriscado se não tivermos tido uma infância ‘perfeita’… Quem nunca teve um trauminha? Pois é, uma hora a maturidade deve participar do jogo emocional. Atravesse a adolescência emocional; Ao enfrentar as punições, articular pensamentos mais maduros, e ir até a fonte primária da tortura psíquica, você terá a chance de enfraquecer a sombra tirânica. Se os seus pensamentos, emoções e o seu corpo voltarem para o “seu lado”, você terá maior chance de lidar com as circunstâncias com assertividade, afinal, lutar contra si e contra o mundo ao mesmo tempo é tenso, e injusto (2×1). Amigo perfeccionista, o primeiro passo para lidar com essa parte da sua condição é quebrar a injustiça da sua autopunição. Capture de volta sua habilidade da autocrítica, ela é muito útil, e é por isso que a sombra sequestra ela primeiro. Se for capaz de avaliar-se com justiça, verá que a sombra não é tão grande, e não é necessário se punir com tamanha brutalidade. A má notícia, é que a sombra não é exatamente uma ilusão. Alguns monstros são reais… Crueldade Não só punir, mas torturar. Dois questionamentos filosóficos para você: Tortura, em algum contexto, pode ser justificada? O que é crueldade? Naturalmente, é bem improvável que uma pessoa defenda o ato de tortura publicamente. Mas, e no mundo subjetivo, onde ninguém tá olhando? Quem nunca se torturou? Quem nunca se confundiu sobre a diferença entre disciplinar e punir? A verdade é que punir é mais prático, educar é laborioso. Educar requer atenção, negociação, coerência, tempo, flexibilidade e paciência. Mais fácil sermos tirânicos com nós mesmos e com os outros! Quando nos torturamos, é melhor que ninguém possa xeretar nossa mente, pelo menos não teremos represálias e julgamentos… Só os nossos! “Se as pessoas soubessem o que cada um faz em sua casa, ninguém sairia na rua.” – Nelson Rodrigues Ao tiranizarmos à nós mesmos o que acontece é o seguinte: invalidamos nossa própria subjetividade. É como se ignorássemos os sentimentos dos nossos sentimentos. Ignoramos o que eles querem dizer. Mas, há um detalhe bem importante que torna essa atitude potencialmente problemática. Se você impõe disciplina e vontade de ferro sobre suas necessidades afetivas e

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Perfeito, Perfeccionismo utópico

Perfeito

Guerra contra a perfeição Primeiras reflexões, o exagero máximo para ver o contraste revelador Um perfeccionista é um ditador que acredita em uma utopia universal em todas as dimensões que pode conceber com toda sua conscienciosidade. Deve ser perfeito! ele grita, com uma ira formidável e inflexível. Não serve do seu jeito, nem mesmo do meu jeito, mas deve ser o jeito perfeito! Engula sua preferência, e aceite o perfeito! Essa falta de empatia evolui para uma tirania se o perfeccionista investir todo o seu ser em sua fixação. Ele se torna fundamentalista, seu ideal é verdadeiro além do questionamento. O ideal se torna também dogmático, o perfeccionista assume a responsabilidade de empreender a construção da utopia, o palácio de cristal. Estética, moral, ética, arquitetura, etiqueta, vestimenta, cor dos olhos… O perfeccionista escatológico é, afinal, atento à todos os detalhes, controla todos os protocolos, dita todas as regras. E quem desrespeitá-las, bem… eu não faria isso! O que é a ira se não a manifestação do perfeccionista, de que algum idiota rompeu um limite importante? A ira é uma resposta revoltada contra a realidade. Quando uma pessoa deseja algo tão profundamente, e de forma tão rígida e enviesada, que, quando alguém desrespeita tal lei, tal valor, a única resposta cabível é a explosão. A violação se torna uma dor, provoca um sequestro cognitivo, e manifesta uma resposta límbica, emocional. Nosso ditador perfeccionista é irado. Um idealista incurável, um juiz inflexível. A patologização evolui ainda mais, quando ele se torna dogmático, fundamentalista e intolerante. Com poder, ele eliminará tudo que gere aversão em seu rígido sistema de regras, axiomas e diretrizes. Ele quer tabelar todo o comportamento humano, diagnosticar toda a imperfeição e extirpar a liberdade completamente. O futuro será totalmente previsível, o plano, sem falhas. Sinta isso em você Uma provocação: Imagine você, com pressa, entra na escada rolante. O lado direito, é para ficar livre, para que os que tem pressa poderem circular, o lado esquerdo ficam as pessoas que aguardam a escada rolante terminar o percurso. E então, uma criança fica no lado direito, ao lado da mãe, e impede a passagem. Você apressado, sobe 40 dos 100 degraus, e é impedido de continuar pela criança que bloqueia o caminho. Sua pressa é urgente, o que você sente? Raiva, irritação! Ainda mais porque você está certo! O lado direito é para ficar livre! E ainda assim, o mundo não respeita regras civis… que inusitado! É natural, a falha da humanidade… Mas! Imagine agora, que essa irritação é contínua. Tudo está no lugar errado, indo na direção errada, sendo que já existe uma solução melhor, as pessoas não fazem o certo, o que devem, há corrupção em toda parte… E assim por diante. Estamos à um passo da mania de perseguição, das teorias da conspiração. Quanto tempo até a irritação transbordar? Até as críticas mais ácidas começarem a escapulir? Quem é o perfeccionista? O perfeccionista é uma pessoa que combina dois aspectos simultâneos: conscienciosidade e neuroticismo (Big Five Personality Theory). Ela se estressa e sente muita ansiedade intensa quando entra em contato com um potencial perigo ou risco, e por poder ver muitos riscos e perigos, é intensificada sua carga de desgaste psíquico. Talvez, até mesmo a duração do estresse seja mais alta que o comum, isto é, se sente por mais tempo e se recupera mais lentamente dos episódios desgastantes. Sua mente calcula incessantemente os riscos, catástrofes e perigos detectados por sua ampla perspectiva. Imagine uma pessoa inteligente, articulada, atenta à detalhes, bem informada e marcada também por perfeccionismo. É uma tortura contínua. Some a isso, que essa pessoa teve uma infância com episódios contínuos punitivos. Cada erro, uma punição. Cada acerto, outra punição por não atingir padrões mais altos. Cada gabarito reconhecido, no máximo, como o mínimo aceitável. Escassez de elogios, invalidação de emoções da criança, afinal para ser disciplinado, ordeiro e com alta performance, ela não pode tremer a mão, precisa de concentração e precisão… engole o choro, e se concentre para tirar nota 10. Emoções são, então, inúteis. O que precisa ser enterrado sobre uma boa camada de concreto racional. Nada como uma casa arrumada, que prazer. Rotina previsível, aparência impecável. Como é bom ser perfeito. Quando as imperfeições surgirem, só empurrar pra baixo do concreto. Seja pragmático! Uma metáfora, muito conhecida no mundo da psicologia, é a de que a água representa as emoções, e puxando dessa metáfora seu significado, vou dizer-lhes como é a história do perfeccionista. Ele é um engenheiro, construtor e arquiteto de uma imensa represa hidrelétrica. O volume de água que circula, é a intensidade das emoções, a presença delas. O perfeccionista, por seu neuroticismo, tem muita água, e é bem difícil lidar com tantas vozes dentro da própria mente, especialmente quando a lei é a perfeição, e muitas situações fazem brotar muita água. Nada mais eficaz do que construir uma imensa represa de concreto forte, fazer a água parar de inundar as situações. E à cada crise, à cada tempestade, o reservatório sobe de nível. A água parada, sedimenta e começa a formar uma espessa camada submersa de uma lama escura, densa… Alguns episódios nosso engenheiro admite uma breve abertura de suas comportas. A água é libertada, sob controle é claro, e para fins muito pragmáticos… gerar eletricidade! Eu diria que eletricidade, é insight, inteligência e ideias inovadoras. Um evento apaixonante, parece mágica, e pode mudar o mundo! A depender de como a vida se desenrole, esse sistema pode funcionar muito bem. Mas… Não estou aqui para falar dos engenheiros rígidos, disciplinados e brilhantes. Mais ou menos funcionais. Estou aqui para dizer o que acontece quando o reservatório assume proporções oceânicas, ou quando o engenheiro não é capaz de abrir mais as comportas… O grande muro não tem resistência infinita. E como o engenheiro sabe, a parte mais rígida de uma estrutura é que sofre maior tensão. O que é sentir tensão? É sofrer! Quanto mais rígido, mais se sofre. E nosso engenheiro também sabe de alguns detalhes

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Responsabilidade e disciplina

Responsabilidade

Responsabilidade integral com a Vida Este valor é uma base fundamental para a realização em minha vida, é a ponte que me conecta com o mundo, que acessa experiências que desejo. É a ferramenta fundamental. A utilidade da disciplina é muito evidente, mas, particularmente, demorei muito para entender a disciplina verdadeiramente. Para poder confiar em uma promessa, tanto a intenção precisa ser crível quanto a competência, e competência é o resultado da disciplina em estágios avançados de seu processo. Confiança tem duas componentes: intenção e competência. Quando disse que quando nos conhecemos não podemos de fato confiar em nós mesmos é porque em minha vida percebi que falhava com consistência com minha palavra, minhas promessas e minhas metas. Minha imaginação, ambição e desejos eram incompatíveis com a realidade, eu ainda desconhecia os caminhos que conectam a decisão e a realização. Diante do fracasso, fui amadurecendo minha compreensão a respeito da componente capacidade, presente em cada promessa. É muito duro se dar conta de que somos incapazes, pelo menos se não formos corretos em nossos esforços e justos em nossa avaliação da situação. Sabe, é natural quando crianças, que não tenhamos bons critérios e repertório para sermos realistas, mas é imaturo na vida adulta, mantermos, e não ajustarmos, nossa noção da realidade. Esse valor para mim é um dos mais importantes para conquista da liberdade e da autonomia verdadeira. Coisas estas que valorizo muito, mas que demorei para descobrir como me relacionar verdadeiramente com elas. Quando articulo um desejo, uma meta ou um valor, normalmente imagino os benefícios e vantagens daquela conquista, mas aprendi que é preciso completar a análise articulando também o preço para se ter aquela posição almejada. Entendo que, ao testemunhar sinceramente o preço de nossos desejos – em tempo, esforço, sacrifícios, dinheiro, relacionamentos, disciplina, orgulho e humildade, superações necessárias, etc. -, automaticamente tocamos no nosso principal obstáculo interno, tocamos os grilhões que nos aprisionam em nosso estado atual. É somente ao estarmos cientes do que devemos nos desapegar para caminhar em uma direção, que de fato avaliamos se a meta é realmente desejada e se estamos munidos da intenção, determinação e capacidades necessárias. É somente quando vemos não só a meta, mas também o caminho, que podemos tomar uma decisão consciente e realista. Antes do confronto realista com o preço de cada meta, estamos apenas sonhando, estamos apenas na metade prazerosa da imaginação, pintando um quadro com nossas aspirações. A vida é uma sucessão de sacrifícios que fazemos para preservarmos algumas coisas, antes de perdermos até mesmo estas, ao nos aproximar da morte. A dúvida fundamental: Como deixar para traz as coisas supérfluas, e preservar as coisas essenciais e importantes? Simplesmente, não podemos arcar com as duras consequências de ter deixado valores importantes para trás. Diante da nossa consciência, nosso próprio juiz, sentimos emergir a determinação para “não fazer feio”. Não queremos nos decepcionar, tememos, ao avançar do tempo, a angústia e o arrependimento. Temos pavor de viver uma vida covarde e cheia de lamentos internos, e amarguras. Creio que quando percebemos que o preço dos sonhos é o sacrifício, representado pelo desapego aos valores antigos, o reordenamento dos valores atuais em valores diferentes – avaliamos com a consciência que os novos são melhores -, é quando descobrimos a imensa contribuição da responsabilidade em nossas vidas. Quando assumimos, ou melhor, reconhecemos nosso papel frente ao juiz interior, é quando interiorizamos a responsabilidade. Você presta contas a si mesmo! Não há ideia de defesa, não há armadura, não há justificativas. Quando a dor do arrependimento tentar adentrar em nosso espírito, só um coração sincero em todo o seu esforço pode resistir, mesmo que tenha fracassado em seus projetos, objetivos e intenções. A responsabilidade é o esforço sincero, o sacrifício dos valores imediatos pelos valores contemplados e desejados pela consciência. Entendo que somente mediante a experiência sincera, discutida no valor da pureza de intenção, podemos de fato desenvolver sabedoria para refinar os valores que temos e selecionar outros que não temos, mas contemplamos a relevância destes. A disciplina, normalmente não é amada espontaneamente. Só quando percebemos a relevância dela para sustentar outros valores importantes, que aprofundamos nosso entendimento sobre ela. Nosso relacionamento com ela começa como uma manipulação, a usamos para nossos fins. Admitimos que disciplina é o preço. É difícil, especialmente no início, enxergá-la como um fim em si mesma. Mas, conforme nossa sabedoria aumenta, testemunhamos o imenso prazer de: (i) dominar a vontade; (ii) de comandar o corpo e o espírito; (iii) de libertar o potencial criativo retido pelas comportas da represa da disciplina; que internalizamos ela como um valor. Um fim em si mesma. A prática da disciplina, eleva nossa habilidade com ela própria, e tal habilidade, tal músculo, faz escoar vida em nossas veias, como um estímulo viciante. Quando sentimos o ciclo completo de uma experiência, com sinceridade interior ampla, podemos avaliar o valor intrínseco dela. E quando encontramos algo valioso, que é jubiloso e cheio de vida, de satisfação, e nos preenche de significado, não deixamos escapar o registro: ‘Eu quero isso na minha vida’. A disciplina deixa de ser a lazarenta, e se torna uma amiga. Assim como a meditação profunda amadurece o desejo pelo caminho da iluminação, do contato realista com o universo, a prática da disciplina dialoga com o espírito diretamente. Persuade-nos com eficácia. É uma forma distinta de prazer, mas o hábito da disciplina, se torna como um vício. Uma pessoa que experimentou algo tão bom, não tolera viver sem a sua presença. A disciplina se torna um valor, quando praticá-la é a recompensa em si. É claro que continuamos a explorá-la, coitada, para garantir nosso sucesso e acessar outros valores tão poderosos e vitalizantes quanto ela, mas com o tempo, nosso relacionamento se torna menos manipulativo e aproveitador. Disciplina: No Pain no Gain Eu: Vou usar você para os meus objetivos! Disciplina: Que sem coração, usando assim as pessoas os valores. Seu egoísta! Eu: Quem quer rir, tem que fazer rir! […] É uma relação que começa complicada… Temos que abrir mão

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Alta performance e autoconhecimento

Autoconhecimento

A importância do autoconhecimento Por muito tempo, pesquisei a importância de se aprender habilidades específicas para ser bem-sucedido. Além de habilidades, conhecimentos e experiências, que, caso combinados oferecessem vantagem competitiva no mundo profissional e empresarial. A verdade é que quanto mais explorei livros, histórias e o sucesso como uma disciplina específica, mais ficou claro que ícones, celebridades e ídolos famosos em suas áreas de atuação concordam em uma variável em específico como a fonte maior de seu sucesso. Na coletânea de entrevista com os Titãs de nossa era (pessoas reconhecidas por serem “bem-sucedidas”), o autor Tim Ferriss nota logo no início de seu imponente tomo Ferramentas de Titãs, o que é notável ao analisar tantas pessoas, e identifica o que ele vê em comum em todos esses ícones que entrevistou. Mais tarde, no segundo livro dessa natureza, Tribo de Mentores, ele reforça sua mensagem. O sucesso deixa rastro! Tim Ferriss é um dedicado estudioso em relação ao espírito humano e suas incessantes tentativas de preencher bem a vida. Suas grandes pesquisas são sobre saúde, riqueza e sabedoria. Sua fonte, pessoas que o inspiraram e demonstraram grande desempenho em uma questão em específico. Após mais de 500 entrevistas com esses Titãs, ele escreveu dois livros sobre suas descobertas. Ferramentas dos Titãs Tools of Titans Tribo de Mentores Tribe of Mentors O que as pessoa de sucesso têm em comum? Mais de 80% dos entrevistados habitualmente praticam mildfulness ou uma prática de meditação deliberada. Possuem o hábito de ouvir uma única música repedidamente para se focar. Quase a totalidade deles teve algum projeto em que trabalharam em seu tempo livre e sustentaram financeiramente, e então o submeteram à potenciais pessoas que se interessassem. Possuem a crença de que o fracasso não é durável, ou variantes dessa crença. Quase todos os entrevistados foram capazes de tornar uma fraqueza óbvia em uma clara vantagem competitiva. O ato de focar, nasce da habilidade de estar isoladamente no presente. Entrar em uma dimensão exclusiva. Seja por meio do silenciamento da mente, na viagem que uma música nos leva ou no direcionamento de si próprio rumo a uma visão própria e genuína, nosso engajamento e desempenho depende de usar toda nossa capacidade de prestar atenção, ou seja, de empregar bem a consciência. Vale ressaltar que até mesmo o silêncio da “inconsciência” é importante, que temos de nos disciplinar contra o ruído externo ao momento e à tarefa. Apesar de muitas dicas específicas, o que é verdadeiramente recorrente em 100% dos casos é a percepção do valor da própria escolha, e da própria visão. É a atitude de elaborar questões que sentem sinceramente em seu interior, e buscar as respostas. Curiosidade genuína, e desejo de amadurecimento individual. A capacidade de se enxergar, e tentar “se usar” para vencer, ou atingir o que se vislumbra. No estágio da maturidade, ou sucesso, a receita é: Desenvolva a si próprio, perceba quem é, e faça de você mesmo sua maior alavanca de sucesso. Falam de autoconhecimento e autoconsciência, somada com uma dose equilibrada de racionalidade fria e sinceridade interna. É recorrente também a concordância em relação à consistência em fazer as pequenas coisas, que afirmam categoricamente serem as verdadeiras coisas grandes. Grandes momentos, apesar de decisivos, ocorrem raramente. Pequenos desafios e escolhas, acontecem todos os dias. Ao olhar em perspectiva, as coisas pequenas, realmente são as que mais influenciam, mais estão presentes, mais contribuíram. Mas como são doses pequenas, sem perspectiva, são subestimadas. Elas falam de autoconhecimento! Os bem sucedidos falam de autoconhecimento e autoconsciência. E o curioso, é que o sucesso, ainda sendo nebulosa a definição, tem um traço em comum: É uma definição pessoal a ser alcançada e vivida. Sendo assim, depende do empenho daquele indivíduo que assim o definiu. E aqueles que vivem sua lenda pessoal, tentam alcançar sua definição, e notoriamente são reconhecidos pela sociedade, convergem em apontar que autodomínio é a peça-chave. Seja lá o que deseje, será você próprio que vai precisar arquitetar sua vida para conquistar sua visão. Quando reflito sobre isso, tudo começa a se encaixar muito bem. Para vencer uma competição acirrada, é preciso foco total e competência. Cada falta de atenção, ou negligência no treinamento, pode custar a vitória. Quando todos os competidores estão afiados e preparados, vencem os que tem maior foco e competência em fundamentos e habilidades específicas necessárias para a prova final. Em outras palavras, não é possível vencer desperdiçando energia. E afinal, o que é essa energia? Tempo? Vida? Disposição? De certo modo, até mesmo nossa disposição em um dia é influenciável por nossas escolhas conscientes, como quanto tempo dormimos ou como comemos, ou o que escolhemos descartar em nosso pensamento, e etc. Em outras palavras, como gerir e influenciar a quantidade e qualidade da misteriosa “energia”? Se passamos a nos importar demais com o que não é importante para vencer, nos distraímos do foco principal e perdemos. É por isso que é preciso que toda nossa energia seja legítima, nossa. Consciente. Um esforço autêntico, deliberado e sincero, não dá brechas para distrações e futilidades. Os lócus de controle são internos. Há também esforços habituais e quase intuitivos oriundos de muita prática deliberada, mas mesmo estes são resultados e efeito de segunda ordem, ou ordem superior, aos esforços conscientes primários ou originais. O domínio da mente é fundamental para a excelência. É mais fácil perceber a relevância da autoaceitação e do autoconhecimento em contextos esportivos competitivos, mas devido a convergência de opiniões sobre o tópico entre empresários, atletas e artistas, penso que isso possa ser uma verdade universal humana. Para ser capaz de tornar-se a melhor, ou melhor, a mais desenvolvida e madura versão de nós mesmos, necessitamos conhecer que versão é essa, visualizar com sinceridade esse potencial em todas as dimensões que formos capazes. Olhar a luz e a escuridão. É preciso também perceber em que “atualização do software” nós estamos, e que falhas são sistêmicas em nossa totalidade, que prisma temos em relação à mentalidade, à competência e ao comportamento. Em outras palavras, como

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