Esta página é reflexo do meu preparo enquanto me graduo.

Documento posicionamentos pessoais e informações relevantes para apresentar o serviço de psicoterapia no futuro, quando me graduar.

Ressalto que a prática da psicoterapia não é prática privativa ou exclusiva de psicólogos, conforme a declaração categórica do CFP no lançamento da resolução 13/2022 sobre a prática da psicoterapia por psicólogos. A prática da psicoterapia, portanto, na legislação, pode ser exercida livremente por psicoterapeutas e terapeutas tanto como por psicólogos, mas não me intitulo terapeuta, ou psicoterapeuta, ou psicólogo, e nem presto o serviço de psicoterapia.

Sinta-se à vontade para falar comigo nos botões de WhatsApp, só quero deixar claro que ainda não atendo.

A linguagem em alguns textos, e verbos no presente, como: “utilizo”, “faço”, “penso”, “entendo”, “contrate-me”; podem levar à interpretação de que no presente exerço a função, mas coloco esta tarja para esclarecer este ponto também. Estes textos são construídos de forma a apresentar uma página em versão final, justamente para que esteja pronta quando me graduar, além disso representam minha posição atual frente aos assuntos, porque também há uma função documental para mim escrever sobre minha trajetória e mudanças de ideias ao longo do tempo.

Tristeza

Sorrowing Old Man (at Eternity's Gate), 1890 by Vincent Van Gogh

Tristeza

A dinâmica da tristeza é se apegar ao sentimento e encobri-lo. Tornar o que sofremos real. Não toleramos dor sem sentido. Atraímos auxiliadores, eles se sentem úteis e nos validam.

Porque sustentamos a tristeza? E rejeitamos companhia quando tristes? Qual seu significado mais profundo?

Sustentamos a tristeza para encobrir o trauma. Os fatos entristecedores revelam a inadequação da nossa perspectiva. São gatilhos dos nossos traumas e valores irrefletidos. Nos sentimos impotentes, desamparados e inseguros, já que somos impotentes e finitos, e nos demos conta disso. A ilusão foi rompida.

Nos apegamos à memórias. Sentimos saudade para reviver a identidade que estamos apegados. Para reafirmar o amor sentido.

Se aprofundarmos nossa tristeza tiraremos o véu do fato gerador, o gatilho. Veremos o mecanismo profundo: o trauma. Ao jogarmos luz, a vergonha nos contorce. Eis um motivo de optar pela solidão na tristeza. Medo de revelação aprofundada.

O trauma é então tratado, refletido, e nossas crenças fundamentais amadurecidas. A cura envolve coragem e responsabilidade. O que fugimos em última análise: Se atravessarmos a tristeza, significa que amadurecemos, nos responsabilizamos mais. Por trás da tristeza há dor de crescimento.

Eis a revelação da tristeza: ela quer afirmar o sofrer, buscar a solidão e encobrir-se com a vergonha, pois por trás estará o trauma original, a raiz última da razão do que sentimos. Sabemos que superar traumas requer aumentar nossa responsabilidade, assumir a vida com mais abrangência.

O convite da tristeza é o exame profundo do Ser, o sacrifício máximo da própria identidade. Atenda ao chamado da vida e evolua teu caráter. A tristeza nos convida a transcender quem somos.

Ouça-te, entristeça-te, invade tua vergonha, usa do acolhimento sincero, do consolo, mas aprofunda sobre o fato gerador de sua tristeza, desvende-o e revele porque foi-te um gatilho de agonia. Perscruta o trauma original. Revise o que acreditas, o que se apegou, que crença precisa mudar, que realidade fundamental que ignoras.

Para uma pessoa triste, desejo acima de tudo, um amigo.

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